Nathália Souza
Devemos sempre pensar sobre como cuidar da nossa saúde, tanto do corpo quanto da mente. É importante prestar atenção aos efeitos que o trabalho excessivo e as preocupações podem ter em nossa saúde, especialmente para as pessoas negras, que historicamente têm sido negligenciadas em termos de qualidade de vida.
Falar sobre as formas de autocuidado que pensem a saúde da população negra, mais do que nunca precisa ser problematizada para que se reinventem e se tornem acessíveis, é importante para entender como a mente e o corpo estão conectados e são afetados pelos contextos sociais atual, especialmente o contexto racial do Brasil. (Ministério da Saúde, 2017).
Quando falamos de direitos e proteção, o histórico de trabalho na rotina da população negra é precário. Por exemplo, qual é o impacto na saúde das mulheres negras que historicamente não são bem remuneradas (Ibre/FG, 2023) muitas vezes são as principais provedoras da família e em uma sociedade racista que não oferece oportunidades de trabalho saudáveis para elas? O cansaço causado pelo acúmulo de atividades e a frustração por não conseguirem dar conta de tudo afetam diretamente tanto o corpo quanto
a mente dessa população.
Criar uma rotina de autocuidado envolve pensar em estratégias práticas para o dia a dia. Um dos pontos cruciais que devemos adotar é fortalecer emocionalmente a comunidade negra, pois o racismo diminui a autoestima, normalizando o sofrimento e a negligência com seus corpos. Também é importante pensar formas de manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas regularmente, ter momentos de descontração e lazer com as pessoas que você ama e sempre que possível colocar em dias os exames regulares.
Além disso, é necessário que cada vez mais políticas públicas e o ambiente de trabalho sejam pensados para facilitar o acesso à saúde para essa população, afinal, se a pessoa não tem saúde, como ela produz em seu emprego?